segunda-feira, 7 de junho de 2010

PECADO E PERDÃO


“Bem-aventurado aquele cuja iniqüidade é perdoada, cujo pecado é coberto.
Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüidade e em cujo espírito não há dolo,” (Salmo 32:1-2).

Dentre os muitos textos que falam do pecado do homem e do perdão de Deus este é um dos que mais fazem o meu coração exaltar ao Senhor.
Em qualquer época, nação, cultura ou língua diferente há o entendimento da consciência de erro, ainda que qualquer indivíduo defina o que é errado para si, há a consciência de erro.
Vemos pelo exemplo bíblico do teve Adão, da forma como vivia agraciado e da escolha que teve. Nesse ponto temos então uma compreensão:
Quando se trata da pessoa de Deus e em viver dentro de sua graça não temos uma escolha como se dependesse de nós escolhermos a Deus ou não.
“Pois Ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter misericórdia e compadecer-me-ei de quem ter compaixão.
Assim não depende de quem quer ou de quem corre, mas de usar Deus a sua misericórdia.” (Ro. 9: 15-16).
Assim não temos uma condição, uma opção de querer Deus, como se Ele fosse o submetido a um objeto de escolha, mas Deus é o misericordioso, o eleitor, aquele em quem está o poder de salvar ou não alguém.
Quando relacionamos nosso estado ao pecado temos uma escolha, cabe a nós pecar ou não, temos duas opções: PECAR OU NÃO PECAR.
O Salmo de Davi que tomei por texto base mostra uma experiência que Davi passou em ocultação de pecados. Observe que o salmista escreve que ele ocultou seus pecados, não que não sabia e que houve a necessidade de Deus revelar tal atitude.
O que aprendemos com esta experiência é que alguém tem a consciência de que errou quando é movido pelo arrependimento e isto só é feito pela ação do Espírito Santo de Deus. Entendamos que todo homem é consciente de que há erros, mas o convencimento a si mesmo de que errou e sentir uma dor profunda no ser por este erro acompanhado do desejo de ter feito diferente, de poder tem uma nova chance, isso é demonstrado por um coração arrependido.
Mas chegaremos num ponto então que não basta apenas um homem estar sempre pecando e usando-se do arrependimento para justificar seus erros.
“Todo aquele que permanece nele não vive pecando; Todo aquele que vive pecando não o viu, nem o conheceu.” (1 Jo. 3:6).
Para que se compreenda como um homem pode chegar a este ponto, e necessário entender a ação do pecado:
1º - TODO HOMEM É TENTADO – A tentação não é pecado, caso contrario Jesus teria sido tornado um pecador consumado, mas ele mesmo si fez em forma de pecador, mas nunca pecou. Sendo que a tentação consiste no teste do homem ser levado a sua capacidade limitada e máxima para renunciar algo que é ruim.
Não devemos confundir Tentação com Provação ou Tribulação.
Tentação vem do desejo profundo de pecado, daquilo que pode ser oferecido a nós segundo nossos desejos de cobiça.
A atração e sedução que o desejo de obter ou sentir o prazer que uma obra de pecado traz é oferecido na tentação. Já a tribulação e provação vêm pela ação de Deus que segundo seu poder permite que seus filhos sejam provados diante do mal para se purificarem do mal.
2º - PECAR É UMA ESCOLHA NÃO UMA INDUÇÃO – Quando se lê que a própria cobiça atrai ao tentado e assim desejando o mal já pecamos e em praticando o mal gera a morte é evidente que a escolha é nossa.

EXEMPLOS BÍBLICOS

Os exemplos deixados na bíblia são para todos nós, não somente para uma área de pecado especifico. Revelando a nós que antes de pecar nos é dado o AVISO DE PERIGO.

• ADÃO – Foi avisado que comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal certamente morreria. Diante desse aviso o que alguns podem interpretar é: “Adão só conheceu o mal porque comeu do fruto, vivia preso numa só forma de viver”
Tal pensamento contaria o que se retrata à criação do homem, pois Adão e a mulher foram criados á semelhança de Deus.
Recebendo a tentação caíram conscientes do que estavam fazendo. Se foram perdoados? SIM! Pois como vemos Adão é o ponto inicial da genealogia de Jesus.
• CAIM – Certamente alguma atitude de Caim contrariou ser agradável a Deus para que fosse aceito e sua oferta.
• Foi avisado de antemão sobre o pecado. “Se procederem bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo.” (Gn 4:7)
Nesse texto vemos a prova que pecar é uma escolha e não uma indução, de maneira que alguém venha querer justificar á maneira CHAVISTICA: “FOI SEM QUERER , QUERENDO”.
Levantando-se o doutrinamento de que o pecado é uma indução devido a interpretação errada de ROMANOS 7: 15-25.
Tal doutrinamento leva pessoas a acreditarem no Gnosticismo, não que sejam Gnosticas, mas há uma mesma linha de pensamento: “a carne é má e o espírito é bom, a minha carne pecará, mas meu espírito não quer pecar. Por isso deixo meu corpo pecar, pois não sou eu quem peco, mas sim minha carne.”
Também seguindo a atual doutrina: CURA INTERIOR. Temos presenciado uma compreensão errada de pessoas que tratam o pecado como algo que não faz parte de nós, como um parasita ou como um vírus. Logo usa o Determinismo (Auto-poder para decretar o que quer o não) e dizer não pecarei mais.
“Se alguém diz a Deus: Sofri, não pecarei mais; o que não vejo, ensina-mo tu; se cometi injustiça, jamais a tornarei a praticar, acaso, deve ele recompensar-te segundo tu queres ou queres? Acaso, deve ele dizer-te: “Escolhe tu, e não eu”; declara o que sabes, fala?” (Jó 34: 31-33)
Pessoas que pecam por pensar que doenças vêm por causa de alguém ter pecado, como se Deus fosse um vingador sem justiça.
• SODOMA E GOMORRA - Foram advertidas pela própria natureza da criação, das coisas e suas sublimes provas de que Deus criou-as da maneira como ele quis e segundo o que os povos destas duas cidades queriam. Mas foram exterminadas para sempre por causado pecado.
Qual a diferença de tais práticas para as de hoje? Certamente nenhuma, mas o que vemos é que a iniqüidade se tem multiplicado de forma que os homens não se escondem mais para pecar.
“Considerando como prazer a sua luxuria carnal em pleno dia...” (2 Pe. 2:13)
O que se aprende com Sodoma e Gomorra é que quando Deus se propõe a condenar o pecar, assim ele o consuma.

O ESQUEMA DO PECADO

Conhecemos a famosa lei de Newton: “Tudo que sobe tem que descer”. Daí surge á lei física: REAÇÃO – AÇÃO.
Certamente não há duvidas de que o pecado traz uma reação ou uma conseqüência, essa conseqüência é a morte.
Mas se de imediato a nossa conseqüência pelo pecado fosse a morte já não existiria A CRUZ, já não existiríamos, já não haveria o perdão.
Na linha de pecar quando se há o arrependimento temos um sentimento de querer ter feito diferente, de voltar atrás, de corrigir, mas não é possível a nós.
Ai surge o perdão (Encobrir, apagar aquilo que foi feito).
SIM! Para nós apesar de perdoamos o próximo sempre nos lembraremos do que este fez, mas para Deus há o esquecimento eterno.
“Pois perdoarei as suas iniqüidades e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Jr. 31:34).
A atitude que tomamos é que se alguém contra nós pecar agiremos indiferentemente com esta pessoa ainda que dizendo tê-la perdoado. Deus não nos trata segundo nossos pecados.
“Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui consoante as nossas iniqüidades”.
“Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece dos que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.” (Sl 100: 10, 13,14).
Tenhamos a consciência de culpa de reconhecermos que somos merecedores de condenação se escolhermos o pecado. Lembrando do povo gentio na época d Paulo que tomavam a si mesmos como juízes e faziam lei contra aquilo que era contra a natureza destes sem, contudo conhecer a lei.
Gloriemo-nos, pois Deus tirara essa falibilidade nossa de perdoar mas ainda que não queiramos fica a lembrança do que sofremos.
“E lhes enxugará dos olhos toda lágrima...” (Ap. 21:4)




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