quarta-feira, 14 de abril de 2010

Singularidade e Pluralidade das Promessas


O bom leitor da bíblia, já deve ter analisado que há diversas promessas citadas na palavra, em tempos, lugares, pessoas e situações diferentes.
Entendamos o sentido das duas palavras do titulo deste estudo:
SINGULARIDADE- particularidade sobre algo, dirigido somente a um, individual, acontecimento único.
PLURALIDADE – abrangência a todos, dirigido a muitos de uma forma só, em que há beneficio a todos de forma igual.
Em que momentos sobre as promessas na palavra há a aplicação destes dois termos, para que não caiamos na desgraça de cometermos heresia ou chavões heréticos?
Vejamos um exemplo inicial: ABRÃO
Primeira referência de promessa: “de ti farei uma grande nação...” (Gn 12:2). Ora, Abrão já pertencia a uma grande nação, sendo filho de Tera da descendência de Sem, filho de Noé.
Como no registro bíblico em Gênesis 11:26, Tera aos setenta anos gera Abrão, sendo o nome de Abrão colocado antes de seus irmãos, logo supomos que Abrão seja o primogênito. Enfim independente da primogenitude de Abrão, ele e seus irmãos seriam sucessores de seus antepassados como pai de nações.
Para entender o sentido da promessa de Deus dirigida a Abrão, continuemos na busca das referências.
“Em ti serão benditas todas as famílias da terra.” (Gn 12:3).
Se Deus dissesse: “fora de ti serão benditas todas as famílias da terra” teríamos uma condição de pluralidade, ou seja, independente de qualquer povo, nação e família ser ou não ser da linhagem consangüínea de Abrão seria abrangido pela benção da promessa. Mas antes dessa referência temos: “Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem” (Gn 12:3). Aqui temos a condição do que outros povos veriam em Abrão, benção para aqueles que temeriam Deus através do testemunho de Abrão e maldição para aqueles que o odiassem-no vendo-o como escolhido de Deus.
Mas como o texto diz inicialmente “em ti”, entendemos que essa benção é singular àqueles que viriam a serem filhos de Abrão por sangue e pela fé, que tempos depois foi concretizada através de Cristo, revelando que os verdadeiros filhos de Abraão viriam pela fé.
“Em Isaque será chamada a tua descendência.”
“Isto é, estes filhos de Deus não propriamente os da carne, mas devem ser considerados como descendência os filhos da promessa.” (Ro 9:7b-8).
“Sabei, pois, que os da fé é que são filhos de Abraão” (Gl 3:7).
Agora raciocinemos nos pontos já investigados a respeito das promessas feitas a Abraão com as promessas feitas aos seus descendentes, Isaque e Jacó .
• Ser gerador de uma grande nação
• Receber a terra prometida (Abraão, Isaque e Jacó)
• Gerar um filho, mesmo a esposa sendo estéril (Abraão e Isaque)
Interessante notar que em relação às três promessas que na verdade são uma só, apenas Abraão e Isaque participam da promessa de receber um filho da esposa estéril, já que Sará e Rebeca semelhantemente foram estéreis.
Qual o sentindo destes três sendo cada um deles uma figura:
Abraão (O pai de uma grande nação)
Isaque (O filho da promessa)
Jacó (Israel, o pai das doze tribos).
Se a palavra relata os nomes destes três, que são figuras do que é Jesus Cristo. E se ainda encontramos esta referência:
“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e ao seu descendente. Não diz: E aos seus descendentes, como se tratando de muitos, porém de um só: E ao teu descendente, que é Cristo.” (Gl 3:16).
Sendo que o mistério da paternidade de filhos da nação eleita encerra e pertence somente a um, Jesus Cristo, pois os homens que receberam as promessas no tempo antigo figuram e mesmo outros eram tipos do que é Cristo Jesus.
“Eis-me aqui, e os filhos que o Senhor me deu...” (Is 8:18).
Não encontrei jamais em nenhuma parte da bíblia dizendo que Fulano e Sicrano fossem chamados de Pai de multidões ou será gerador de uma grande nação ou que seus filhos serão como a areia do mar. E por que se vê e ouvi que no nosso meio há criações de heresias em momentos chamados de “missionários”, onde os ouvintes são incentivados através de discursos eloqüentes, mas totalmente loucos e mentirosos em que fazem as pessoas se intitularem de “Pai de multidões”?
Por que se ouvi em canções “de adoração” em que o interprete tanto a si como aos “adoradores’ chama de “Pai de multidões”. Alias o trecho é “Eu serei pai de multidões, tocarei em muitas gerações”.
Temos muitos “pais e multidões’ então espalhados pelo mundo se essa fosse a verdade, e também “Mães e muitas nações”. Mas se os trechos cantados heréticos e os ensinamentos mentirosos falam de “pai de multidões” então não podemos ter mulheres participando dessa nova promessa que a bíblia nunca revelou.
Nesse caso tais dissimuladores fazem de Cristo, um sacrifício incompleto, em que há a necessidade de haver hoje um número grande de “Pai de multidões” e um sacrifício de alcance pequeno, que só foi até a geração do tempo de Jesus. Ora, pois pelo que se vê somente a obra desses que dizem “tocarei em muitas gerações” é que é alcançável a todos os tempos.
Sabemos, porém irmãos, que tais doutrinas falsas não são nada, quanto mais os que nelas acreditam, porque Jesus Cristo com seu sacrifício alcançou a todos e somente a ele é que foi dirigida a promessa de gerador espiritual da nação eleita.
CONTINUA...

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